A comunidade científica ainda não chegou a conclusões sobre a causalidade directa entre emoções negativas e infertilidade. Ou seja, será que emoções como o medo, a culpa, a insatisfação, a irritabilidade, a frustração, a vergonha, a raiva e a tristeza, influenciam o sucesso da mulher ao tentar engravidar?
De facto, embora ainda não tenhamos a possibilidade de confirmar a causalidade directa entre emoções negativas e infertilidade, sabemos, por outro lado, que estas emoções prejudicam o nosso bem-estar emocional, a nossa auto-estima, aquilo que acreditamos sobre nós mesmas, aquilo que julgamos conseguir, o que achamos que merecemos, a nossa capacidade de resistência, a nossa imunidade e, até, a nossa saúde.
Todas as emoções são naturais no ser humano. Todas elas têm uma função. No entanto, quando as emoções negativas persistem e se tornam um standard, passam a ser tóxicas! Intoxicam o nosso cérebro e enchem o nosso organismo de pressão, angústia, stress, ansiedade e até depressão! Sabemos também que as emoções tóxicas, sentidas em permanência, geram sentimentos negativos. Por essa razão, a Psicologia assume que as emoções negativas acabam por nos fazer adoecer! António Damásio, Neurocientista, fala inclusive numa “fisiologia das emoções”, isto é, as emoções passam a sentimentos (“sentir no corpo”) a ponto de, experimentadas repetidamente, nos adoecerem.
Esta “biologia das emoções negativas”, sentidas no corpo, podem pois condicionar de forma negativa a fertilidade. São factores psicológicos, na maioria das vezes inconscientes, mas muito limitadores. Estes factores podem explicar, por exemplo, inúmeras situações de casais que sofrem de infertilidade, sem razão física aparente ou declarada. Está tudo bem com a biologia, no entanto, a gravidez não acontece.
Ou seja, na base da infertilidade podem não estar factores biológicos ou orgânicos, mas factores emocionais que o nosso organismo somatiza. A ciência alerta-nos, por exemplo, para factores como o stress e a ansiedade, apontando-lhes a causa da disfunção das funções cerebrais do hipotálamo, o que acaba por alterar a ovulação. Neste mesmo sentido, sabe-se também que o stress altera as funções imunológicas das nossas células reflectindo-se na função reprodutiva da mulher.
Como tal, se está a tentar engravidar sem sucesso, antes de aceitar um diagnóstico de infertilidade ou achar que algo de errado se passa consigo, foque-se nas suas emoções, nos seus sentimentos e nos alertas que o seu corpo lhe está a dar.
A cura consciente das emoções é uma base muito, muito, importante no seu caminho para conseguir engravidar. Quando uma mulher aprende a modular o seu stress com eficácia, a sua fertilidade pode alterar-se! Para melhor.
Não deixe que as emoções negativas a derrotem, na vida que tanto deseja criar!
Teresa Marta
0 comentários :
Enviar um comentário