Depois de 20 dias a lutar pela vida, num hospital do Dubai, a mais de 8 mil km de casa, a Pequenina Margarida resolveu ir descansar. Retirou-se da vida para grande tristeza de todos nós, que seguimos a sua história à distância, dia após dia.
A Pequenina Margarida veio recordar-nos que a vida nos é dada e que, por vezes, nós precisamos descansar dela. Porque ainda não estamos prontos. Ainda não é o nosso momento. E (permitam-me que o diga), a nossa Alma sabe! Sabe que o momento não é ainda este.
Talvez a Pequenina Margarida, desde início, o soubesse!
Talvez a Margarida soubesse o que significa o peso enorme que é estar num sítio em tempo precoce. E num espaço agreste, onde o carinho da pele, o cheiro da loba mãe, da matilha, do abraço e do colo do ventre fazem tanta falta. Talvez a Pequenina Margarida se tenha recusado a esperar. Era longo esse tempo. Essa espera. Um tempo longo. E Ela ainda não sabia, o valor do tempo. Não podia saber!
A Pequenina Margarida deixou um vazio em todos os que acreditámos nessa esperança imensa que era a de ver mais um dia vencido. Mas ensinou-nos também a grande lição de que a vida precisa destes guerreiros que nos mostram o valor da persistência. Seja onde for que essa persistência nos leve. Porque, para a persistência, não interessa a quantidade. Interessa a entrega com que fazemos o caminho.
Obrigada Pequenina, Grande Margarida!
Teresa Marta
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