Deixar o desejo de controlar tudo
Aprender a deixar as coisas acontecerem, deixando-lhes o tempo que necessitam para se transformarem numa realidade que seja efectivamente a que melhor nos serve, é fundamental para restaurar a nossa fé na dinâmica natural da vida. O nosso desejo de tudo controlar, para que nada falhe, para que tudo corra a nosso favor, quando levado a extremos, cria estados ansiosos intensos e faz com que sejamos inundados pela frustração, sempre que as coisas não correm exactamente como planeámos.
Aprender com os ciclos naturais
Aprender a ficar mais perto da natureza e dos seus sábios ciclos permite-nos reflectir e agir de forma adequada perante o que nos acontece. Recorda-nos que também nós funcionamos por ciclos de crescimento, com paragens, renovações, morte e mudança constantes. E que tudo isso não é nada mais que viver. De forma assumida.
Limitar o desejo de abreviar os processos da vida
Sempre que abreviamos os processos estamos a retirar sentido aos factos e aos acontecimentos deixando de entender porque estão a ocorrer na nossa vida. Estamos, por conta própria, a interromper o nosso percurso de crescimento. Não permitimos sequer que o novo se instale, se organize e se mostre.
Permitir-se sentir medo, sem drama
A angústia para que as coisas aconteçam com brevidade impossibilitar-nos também de sentir como é habitar dentro de nós mesmos, com os nossos medos e os nossos fantasmas. Também eles precisam de completar o seu ciclo de vida. Só no seu tempo, os processos dolorosos podem transformar-se e terminar.
Praticar a espera
O desejo de que as coisas corram depressa e de que os resultados surjam rapidamente, traz para a nossa vida muito stress e limita a nosso bem-estar. Ficamos na ansiedade de saber rapidamente o resultado do que plantámos e não nos permitimos afrouxar para dar oportunidade a que as sementes se materializem.
Deixar as nossas acções darem frutos
Como disse Johann Peter Hebel (1760), “nós somos plantas que, quer nos agrade quer não, apoiadas em raízes, têm de romper o solo para florescer e dar frutos”. Cabe a cada um de nós perguntar-se o que estamos a fazer para deixar as nossas raízes fazerem o seu caminho.
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