Encontrar um sentido para o que vivemos e sentimos. Sem culpas nem julgamentos. Vivendo a existência, cada momento, aceitando que, independentemente do que possa estar a acontecer, tudo se está a passar no ritmo e no tempo certos.
Mais que vivermos em stress permanente pelo que ainda temos de fazer, pelo que não fizemos ontem, nem antes de ontem, nem nos anos que passou, aprendamos a criar em cada dia espaço para encontrar um sentido para a nossa vida.
Para isso, temos de nos escutar. Temos de sentir. Temos de contactar com o que de mais íntimo temos em nós. Temos de deixar vir "cá para fora" as mensagens que todos os dias anulamos por nos parecerem "sem sentido". Ou muito radicais para o momento. Ou muito desafiantes. Ou que nos colocam em zonas de desconforto.
Viktor Frankl, Psicoterapeuta, viveu quatro anos em campos de concentração nazis, durante a II Guerra Mundial. Perdeu o pai, a mãe e a mulher, grávida do seu primeiro filho. Só percebeu isso quando voltou a casa e lhe contaram a estória, para além da História. Frankl, sobreviveu às condições que passou nos campos de concentração. Conta a sua estória num fantástico livro "Um homem em busca de sentido.", que vivamente aconselho.
Frankl conta que foi salvo por ter encontrado um sentido para o sofrimento que viveu. E o sentido era manter-se vivo, pois precisava de ajudar outros prisioneiros a, também eles, encontrarem o seu sentido. Um sentido para o que viviam.
Talvez valha a pena olhar um pouco mais atentamente para aquilo que estamos agora a viver. Tentando entender que sentido maior podemos daí retirar. E fazê-lo com um imenso respeito pelo que verdadeiramente sentimos e desejamos.Esta capacidade imensa de transformar o que nos está a acontecer, por muito negativo que seja, em pontos de resiliência, de resistência, é uma capacidade emocional inata. Está em nós. Independentemente das nossas circunstâncias.
Teresa Marta
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