Crónicas para o equilíbrio emocional
3 de fevereiro de 2015
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21:46
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Ao longo dos últimos dez anos tenho tido o privilégio de fazer o que me apaixona, como Psicóloga Clínica. Neste percurso, tenho sido companheira de viagem de várias pessoas e famílias no seu caminho de desenvolvimento pessoal. É esse trabalho que me proponho agora fazer consigo nas Crónicas para o equilíbrio emocional, todas as quinzenas, aqui neste espaço.
Assim sendo, gostaria também de o ajudar, naquilo que à gestão das emoções diz respeito, quer no âmbito da Psicologia Clínica, em geral, quer em temas mais específicos como a terapia de casais e famílias.
Ao longo destes anos diversas pessoas com experiências de vida muito diferentes têm-me permitido contactar com uma importante diversidade de problemáticas. Desde pais que pretendem ajuda na sua relação com os filhos, até a casais que se confrontam com problemas ligados à intimidade, à comunicação, à infidelidade, a doenças crónicas e ao divórcio. Todos, porém, perseguem um objectivo comum: viver com menos stress, menos frustração, menos culpa e menos ansiedade. Viver com mais optimismo, felicidade e bem-estar!
Este espaço, para além da abordagem de temas mais teóricos, será também dedicado à partilha de casos onde nos podemos reflectir no nosso caminho de busca do equilíbrio emocional. Hoje, iniciamos com a história de um casal maduro que consultei recentemente.
A senhora, com 63 anos, casada há muito, com filhos criados e netos nascidos, perguntou-me: terei idade para me divorciar? Passei uma vida inteira com o meu marido a trabalhar, a lutar para que os nossos filhos tivessem uma vida melhor que a nossa, com vários momentos de dificuldade, que felizmente ultrapassamos. Agora, que pensava que iria viver o que nunca tinha tido tempo para viver, sinto uma grande tristeza. Com o meu marido não é nada como imaginei. Ele não quer fazer nada nem ir a lado nenhum comigo, os meus filhos têm a vida deles e às vezes dou comigo a ter saudades do tempo em que não tinha tempo.
No contexto do trabalho que fazemos nas sessões de terapia para casais, o marido compreendeu o quanto passear com a sua mulher era importante para o bem- estar dela e, afinal, para o bem-estar de ambos, como Casal. A senhora, por seu lado, entendeu que para o marido, o tempo passado com os amigos era fundamental para ele. E, neste movimento de partilha dos desejos de cada um, o casal reencontrou o entendimento, voltar a namorar e a redescobrir-se enquanto dupla, nesta nova fase de vida.
Se tiver alguma questão que deseje colocar, não hesite em contactar-me.
Estou disponível para o ouvir e esclarecer.
Carina Silva
Psicóloga Clínica
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