Como interpretamos a vida? Como percepcionamos o que nos acontece? Vemos no caminho obstáculos ou marcos indicadores de direcção?
Enquanto virmos os obstáculos como culpados das situações que vivemos, continuaremos a estar na vida como cortinas de fumo. Nunca estaremos a resolver nada. Estaremos sempre a tentar tapar aquilo que não queremos ver. Aquilo a que não queremos aceder. Aquilo que nos custa aceitar. Evitamos aquilo que não queremos aceitar nos outros, nem nas circunstâncias. Mas sobretudo, evitamos aquilo que não queremos aceitar em nós mesmos.
Este confronto connosco, não é nunca pacífico. Desde logo, porque somos os nossos principais críticos. Foi isso que nos foram ensinando. E, desde logo também, porque somos aqueles que mais nos abandonamos. Esta é uma constatação complexa e que demoramos a integrar no nosso percurso. Mas uma constatação fundamental, para entendermos quem somos e para onde desejamos ir.
A forma como vemos os acontecimentos nunca depende dos próprios acontecimentos. Depende sempre de nós. Como tal, é a nós que compete transformar os obstáculos em marcos indicadores de caminho.
Teresa Marta
0 comentários :
Enviar um comentário