É impossível separarmos as nossas emoções
da nossa biologia. Bem como separar os nossos sentimentos do nosso corpo. Sabemos que emoções como o medo, a tristeza, a ira, a
raiva, a fúria, a frustração entre outras, vividas repetidamente, tornam-se
tóxicas e funcionam como venenos emocionais que contaminam o nosso organismo.
É disso que nos fala, de forma exemplar, o nosso neurocientista António Damásio, no livro "Ao Encontro de Espinosa", onde aborda a questão da biologia do sentir. Damásio fala-nos exactamente daquilo que são os sentimentos, ou seja, como os define, as emoções sentidas ao nível físico. De como as nossas emoções se transformam em sentimentos. De como o nosso corpo as sente e absorve e de como chegamos adoecemos quando o nosso organismo "absorve" toda a carga emocional negativa.
Sim, nós somatizamos (no corpo) o que sentimos. E o que sentimos pode salvar-nos a vida, ou, ao contrário, adoecer o nosso corpo. O impacto das emoções no
nosso corpo pode reflectir-se em quadros de doença como stress, ansiedade,
depressão, cansaço extremo, alterações do sono e, em casos mais graves,
problemas como colesterol elevado, obesidade, alterações glandulares, ataques cardíacos,
úlceras, AVCs e até cancro.
Assim, curar as nossas
emoções e, através disso, os nossos sentimentos negativos é essencial para curar o nosso
corpo, melhorando assim a nossa saúde, o nosso bem-estar e a nossa felicidade.
Devemos assegurar, em permanência, que estamos conscientes das nossas emoções e da forma como estas se reflectem no nosso corpo. Esta análise pode não ser simples de fazer. Mas podemos treiná-la. Aumentar a nossa consciência emocional significa melhorar a forma como nos sentimos e conseguir eliminar as emoções que nos adoecem.
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