2014 | Teresa sem medo

12 Dicas para curar as suas emoções

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  1. Faça escolhas equilibradas. Escolher de forma equilibrada significa optar pelo que sente que lhe faz bem e não por aquilo que acha que os outros irão apreciar. Não tenha medo de escolher em função do seu bem-estar e da sua felicidade. Você está a viver a sua vida e é a si que tem de prestar contas.

  2. Seja carinhosa consigo. Respeite a sua vontade e sinta-se merecedora! Se existem pessoas e situações que sente serem tóxicas para si, tente eliminá-las o mais possível. Esta atitude faz parte de uma vida equilibrada, onde devemos criar limites saudáveis para os nossos relacionamentos.

  3. Aprenda a dizer não! Diga não as vezes que forem necessárias. Se perder alguém ou alguma coisa por fazê-lo, acredite que essa pessoa ou essa “coisa” já não lhe pertenciam. Não tenha medo! Respeite-se. Respeite o que sente. Você merece ser feliz!

  4. Elimine os“E Se?”do seu discurso e do seu pensamento. Todos os “ses” que imaginamos são apenas isso: imagens mentais que criamos! Troque o “Se…”, por afirmações no presente do indicativo, como: “Estou a conseguir ser cada vez mais positiva!”.“Hoje foi mais um dia em que consegui focar-me no presente, rodeando-me de pessoas, pensamentos e situações que me fazem bem”.

  5. Amplie o seu mundo. Conheça nova pessoas e outras realidades. Não precisa sair do País ou gastar muito dinheiro. Se quer mudanças na sua vida terá de mudar a sua rotina, as pessoas habituais e os locais de sempre.

  6. Coma alimentos curativos. Respeite o seu corpo quando este lhe dá sinais de que determinados alimentos não lhe fazem bem. Retire-os!

  7. Foque-se no presente e naquilo que, neste momento, consegue controlar. Por muito grave que lhe pareça a situação, lembre-se de que pode sempre fazer uso de recursos que já tem, mesmo que lhe pareça o contrário.

  8. Não exija demais de si mesma. Liberte sentimentos de auto-avaliação e de perfeccionismo. É bom colocarmos a nós mesmas objectivos ambiciosos, mas não podemos deixar-nos consumir pela angústia da superação.

  9. Afaste-se de pessoas negativas, que estão sempre a ver o lado pior dos acontecimentos. Se com essa atitude perder alguns amigos, deixe ir. É porque essas pessoas nunca foram, de facto, amigos.  

  10. Tranquilize o seu coração. Pratique pensamentos positivos como: “Não há razão para ter medo!”. “Tudo está a acontecer no tempo certo para mim!”. “Aconteça o que acontecer vou sair desta situação reforçada!”. “Eu consigo!”

  11. Aprenda a deixar fluir os acontecimentos negativos. Ao invés de os guardar tente perceber o que lhe vieram ensinar. A seguir, liberte-os.

  12. Pratique a capacidade de brincar com a vida! Assuma um ar menos sério. Divirta-se mais. Ria mais! Brincar com as adversidades é muito importante para a nossa cura emocional e, consequentemente, o melhor remédio para a nossa saúde, o nosso bem-estar e a nossa felicidade!

Quando as nossas emoções estão doentes, nós adoecemos

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É impossível separarmos as nossas emoções da nossa biologia. Bem como separar os nossos sentimentos do nosso corpo. Sabemos que emoções como o medo, a tristeza, a ira, a raiva, a fúria, a frustração entre outras, vividas repetidamente, tornam-se tóxicas e funcionam como venenos emocionais que contaminam o nosso organismo. 

É disso que nos fala, de forma exemplar, o nosso neurocientista António Damásio, no livro "Ao Encontro de Espinosa", onde aborda a questão da biologia do sentir. Damásio fala-nos exactamente daquilo que são os sentimentos, ou seja, como os define, as emoções sentidas ao nível físico. De como as nossas emoções se transformam em sentimentos. De como o nosso corpo as sente e absorve e de como chegamos adoecemos quando o nosso organismo "absorve" toda a carga emocional negativa.  

Sim, nós somatizamos (no corpo) o que sentimos. E o que sentimos pode salvar-nos a vida, ou, ao contrário, adoecer o nosso corpo. O impacto das emoções no nosso corpo pode reflectir-se em quadros de doença como stress, ansiedade, depressão, cansaço extremo, alterações do sono e, em casos mais graves, problemas como colesterol elevado, obesidade, alterações glandulares, ataques cardíacos, úlceras, AVCs e até cancro.


Assim, curar as nossas emoções e, através disso, os nossos sentimentos negativos é essencial para curar o nosso corpo, melhorando assim a nossa saúde, o nosso bem-estar e a nossa felicidade.

Devemos assegurar, em permanência, que estamos conscientes das nossas emoções e da forma como estas se reflectem no nosso corpo. Esta análise pode não ser simples de fazer. Mas podemos treiná-la. Aumentar a nossa consciência emocional significa melhorar a forma como nos sentimos e conseguir eliminar as emoções que nos adoecem. 


O medo dói

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Costumo dizer aos meus coachies que o medo depende muito da forma como criamos a "história". O medo depende, de facto, da forma como interpretamos o que nos acontece. E mais: o medo depende da forma como imaginamos aquilo que nos pode vir a acontecer, muito antes do acontecimento. 

Como tal, criamos cenários com base na nossa imaginação. Cenários, que têm por base aquilo que já vivemos, mas também aquilo que os outros nos dizem que viveram e aquilo que ouvimos dizer a pessoas que nem conhecemos. 

Lembro-me, por exemplo, que quando estava grávida deixei de ouvir seja que história fosse sobre a experiência do parto! Eu já temia o parto. Eu desejava ter um parto natural, que tudo corresse bem. Mas de cada vez que me viam a ficar mais barriguda, mais os cenários surgiam como algo potencialmente perigoso. Até que decidi deixar de ouvir. Cheguei até a ser mal interpretada por isso. Mas o parto seria o meu. O corpo seria o meu e a mente seria a minha. Como tal, eu queria criar a minha história feliz. Com os meus ingredientes de felicidade. E foi assim que fiz. 

Isto acontece com as grávidas, mas também em situações como um simples exame de condução. Uma ida às finanças prestar informações sobre o IRS ou um convite do médico para que voltemos à consulta antes do tempo que prevíamos. O medo começa logo a funcionar. E, na grande maioria das vezes, os culpados somos nós. Começamos por contar à família que fomos chamados para ir às finanças. E aí começa a grande caminhada do medo. Contam-nos logo imensos cenários (o mais realistas possível) de coisas que já viveram relativas às finanças, de outras que ouviram e de outras ainda, que são os clichés: "das finanças nunca vem nada de bom!". E pronto, quando chegamos ao dia de irmos ao balcão o céu está a desabar sobre nós!  

Num outro cenário, menos catastrófico, estão as pessoas que nos tentam ajudar. Estas, gostam muito de usar expressões como: "O teu medo não tem qualquer sentido" ou "Ter medo não te ajuda nada!". 

Se quer ajudar alguém que sente medo...
Não desvalorize o medo do outro. Quem tem medo sente-o! O medo dói! O medo angustia! O medo faz-nos ter ainda mais medo. Ninguém tem medo por prazer. Por isso, ao invés de desvalorizar o medo do outro, tente perceber porque ele se sente assim. E se nada puder fazer abrace. Dê colo. Esteja presente. "Apenas" isso. 

Teresa Marta

Dia sem Medo na Comunicação Social

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Reportagem SIC: Enfrentar o Medo
A semana passada representou um momento marcante para mim. Um momento de passagem. De mudança.

Na terça-feira, dia 9 de Dezembro, lancei o Dia Sem Medo. Algo que eu não teria conseguido sem o apoio incondicional dos meus Coachies, que comigo têm tido a gentileza de partilhar as suas histórias de vida. Pessoas com as quais eu tanto aprendo.


Para assinalar este dia foi criado um vídeo para ilustrar os medos que todos nós temos, ou já sentimos. Vídeo esse que, com a ajuda de todos os seguidores do Teresa sem Medo atingiu já perto de 4 mil visualizações, e mais de 100 partilhas, só no Facebook:



No fim da semana, já contávamos com uma notícia na SetubalTV sobre o Dia sem Medo e outra na SIC, onde fui entrevistada para explicar o meu trabalho como Coach para a Coragem, nesta luta contra os medos.
Não vale a pena fugir do medo. Nem ignorá-lo. Isso só faz com que o medo aumente. São estas experiências que venho partilhando no Teresa Sem Medo ao longo dos últimos nove meses. Acredito, com toda a humildade, que este #DiaSemMedo, que hoje simbolicamente comemoramos, pode contribuir para darmos mais alguns passos, para uma vida cada vez com menos medo. 
Por tudo isto, só vos consigo agradecer. Um sincero obrigada a Todos, os que, comigo, contribuíram para o sucesso do Dia Sem Medo! A todos aqueles que participaram, de forma directa ou indirecta, para que este se tornasse uma realidade.

Obrigada pelas partilhas genuínas que tiveram a Coragem de fazer!

E, mais uma vez, tenho de dirigir uma palavra especial aos meus Coachies, que, cada vez com menos medo, contribuem para uma caminhada conjunta, mais corajosa e mais consciente daquilo que somos capazes.

Com gratidão, um abraço enorme!

O medo só se ultrapassa quando o enfrentamos

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Sei, em teoria e por experiência pessoal, que o medo só se ultrapassa quando o enfrentamos. Tal como acontece aos animais, em estado selvagem, nós, humanos, podemos assumir diferentes comportamentos perante o medo:


a) Ficarmos quietos, tentando ser invisíveis relativamente àquilo que tememos;
b) Lutarmos com o agressor, com aquilo que tememos;
c) Ou fugirmos.

Nunca tive por hábito fugir. A fuga não está no meu ADN. Não foi isso que os meus pais me ensinaram. Tal como também não está em mim ficar quieta. Sempre me ensinaram a lutar. A resistir. A ir em frente!

Confesso que nem sempre o consegui fazer.
Alturas houve em que simplesmente meti a cabeça debaixo das mantas, tentando acreditar que o medo, quando eu acordasse, já não estava lá. Mas o medo continuava ali. Ainda mais forte. Ainda mais próximo. Um medo que me prendia. Que fazia com que a minha vida fosse um conjunto de dias amorfos, sem sentido. Apetecia-me dormir, mas fazia-o com de forma consciente. Sabia porque dormia. Procurava dormir o mais possível pois isso fazia com que eu me afastasse daquilo que devia enfrentar. Daquilo que temia.

E tudo isto fui aprendendo. Aprendi, que apesar de ter crescido numa família com medo, de mulheres maltratadas, ignoradas, desprezadas no seu valor e na sua essência, eu podia sair desse padrão. Eu podia ultrapassar isso. Talvez fazendo até justiça, por todas Elas. Um dia. Um dia soube-o muito bem! Ficou claro para mim! Muito claro! Foi um dia aterrador, mas que enfrentei. Não voltei para a cama para dormir mais umas horas. Não vale sequer a pena falar disso. Há coisas que acontecem e pronto. Basta que tomemos consciência daquilo nos vieram ensinar. Hoje sinto-me grata por ter tido esse dia. O dia do meu medo extremo. Mas o dia também do (re)nascimento da minha coragem.

Não vale a pena fugir do medo. Nem ignorá-lo. Isso só faz com que o medo aumente. São estas experiências que venho partilhando no Teresa Sem Medo ao longo dos últimos nove meses. Acredito, com toda a humildade, que este #DiaSemMedo, que hoje simbolicamente comemoramos, pode contribuir para darmos mais alguns passos, para uma vida cada vez com menos medo.

Obrigada a Todos os que comigo têm feito este percurso. Obrigada pelo que me ensinam, pelo que partilham e pelo incentivo diário que me dão. 

A todos os que acreditam que podemos fazer alguma coisa para sair do padrão do medo em que estamos, ou onde estão pessoas que conhecemos ou amamos, muito agradeço a partilha desta ideia.

Um excelente dia 9 de Dezembro! Sem medo!


Teresa Marta

Convite:
Junte-se a mim num Dia sem Medo...

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Qual o primeiro passo para enfrentar os nossos medos? 
Admiti-los! Admitir os nossos medos, sem medo de olhar para eles, é o primeiro passo para sairmos da angústia que o medo nos causa. 

O medo protege-nos de inúmeras contingências da vida. 
É verdade. No entanto, quando nos deixamos dominar pelo medo, a nossa vida transforma-se numa angústia permanente. Perdemos a nossa capacidade de auto-afirmação, a nossa auto-econfiança e o nosso poder pessoal.

O medo fecha-nos para o mundo e deixamos de agir.
Com isso, colocamos a nossa vida em suspenso e vamos sentindo cada vez menos força para ir em frente e ultrapassar os problemas que nos acontecem.

Por saber na pele o que isto significa, senti que faltava criar uma ferramenta para que todos nós, cada um à sua maneira, possamos enfrentar os medos. Foi por essa razão que criei uma metodologia de Coaching inovadora, o Coaching para a Coragem.

E foi isso que me motivou também a criar o Dia sem medo! Um dia, onde todos nós, possamos admitir, sem medo, os medos que nos limitam e paralisam a nossa capacidade de agir. Acredito, porque passei e estudei esse processo, que podemos mudar o nosso pensamento do medo para a coragem, que conseguimos combater os nossos medos e não deixar que estes comandem a nossa vida.

Convido-vos assim a juntarem-se a mim no dia 9 de Dezembro para assinalarmos o Dia Sem Medo.

Fique atento aqui ao blog e à página do Teresa Sem Medo no Facebook porque muitas coisas boas vão acontecer no dia 9 de Dezembro!

Teresa Marta

Em 2014 consegui... Não ter medo das Emoções

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Na quinta e última parte do artigo da edição de Janeiro da revista Prevenir que comecei aqui, sobre os objectivos que traçámos para 2014, falamos de emoções. E de não ter medo de as sentir. Leia, por fim, o final do artigo e as dicas sugeridas abaixo.

Parte V

NÃO TER MEDO DAS EMOÇÕES


O Amor é assim: tão depressa precisa de ser partilhado para ganhar novo ânimo, como refreado, para marcar uma posição. Em ambas as situações, importa apenas senti-lo ou se for o caso...partir em busca dele.

VOU DIZER MAIS VEZES «AMO-TE»
Esta decisão revela que está na sua relação porque o traço de união ainda é afectivo e emocional, não tanto logístico, económico ou por hábito. Ao verbalizar os seus sentimentos estará a dar cor e emoção à sua vida - analisa Alcina Rosa, psicóloga clínica.

PASSE À PRÁTICA:
Se já o diz mas gostaria de o dizer mais vezes deve fazê-lo sem banalizar os sentimentos, ou seja, sentindo-o de facto. Se está só agora a começar, tente perceber qual a forma mais genuína de transmitir os seus sentimentos e avance. Pode fazê-lo verbalmente ou através de gestos tão simples como aninhar-se no sofá ao lado do seu companheiro ou com uma troca de carinhos - sugere a especialista.

VOU 
Esta decisão revela que está emocionalmente disponível para agarrar a sua felicidade e apostar no seu bem-estar individual e enquanto parte do casal - diz a psicóloga.

PASSE À PRÁTICA:
Partindo do princípio que uma relação não é (sempre) um mar de rosas, a primeira premissa é adaptar as expectativas à situação real e não a um ideal projectado. Tentar mudar o outro ou adequá-lo a si pode originar conflitos. A melhor forma de cuidar da relação é encontrar soluções quotidianas que tragam calma e harmonia à vida a dois. Pode encontrá-las em coisas tão simples como telefonar-lhe a meio do dia, oferecer um presente simbólico que tenha a ver com ele, combinar uma saída a dois e arranjar, todos os dias, tempo e espaço para o casal - exemplifica.
DICA:


Tentar mudar o Outro pode gerar conflitos. 
Adapte as expectativas à situação real.




QUERO VOLTAR A APAIXONAR-ME
Em termos emocionais, o verbo «quero» provoca muita ansiedade. O amor não é como um objecto que se controla temporalmente, não se quer e se tem. Não, o amor faz parte do domínio do acontecer, pelo que o melhor é pensar "eu gostaria de voltar a apaixonar-me" em vez de, mesmo que inconscientemente, estar a definir um tempo para que isso aconteça. Essa postura de não ficar à espera que a vida aconteça revela uma atitude mais activa, de investimento em si e na sua vida..

PASSE À PRÁTICA:
Aumente o número de interacções sociais: saia, conviva, divirta-se e junte-se a grupos de interesse que lhe permitam conhecer pessoas. Deve, porém, evitar centrar a sua felicidade na realização ou não do seu desejo, sob pena de se sentir frustrada, desvalorizada e inquieta.

VOU EDUCAR SEM SENTIMENTOS DE CULPA 
Dizer «não» e impor limites aos filhos traz, em alguns casos, sentimentos de culpa. Reconhecê-lo revela uma necessidade de alterar os seus paradigmas educativos e o próprio papel de mãe. Dizer «não» faz parte da educação e dos valores que deve transmitir aos seus filhos - caso contrário, poderá estar a encaminhá-los para um mau desenvolvimento pessoal - explica Alcina Rosa.

PASSE À PRÁTICA:
Lembre-se de que o seu papel é educar e aprender a dizer «não» é tão importante como dizer «sim». Objective as situações que gostaria de ver alteradas e, sempre que estiver perante esse cenário, controle-se e decida-se pela atitude ou resposta que considera mais justa e não a que vai agradar mais ao seu filho. Mesmo que isso, no momento, lhe pareça desmedido ou até cruel.

DICA:
 
Tome Nota!

Evite centrar a sua felicidade no amor, sob pena de se sentir frustrada.



VOU VOLTAR AOS TREINOS 
Parabéns! Acabou de estabelecer o compromisso que fará de si uma pessoa mais saudável, energética e bem-disposta. Irá, ainda, reduzir o risco de vir a sofrer de artrite, doença cardiovascular, cancro ou depressão.

PASSE À PRÁTICA:
  1. Estabeleça objectivos realistas e comece devagar, com caminhadas de 20 minutos, três vezes por semana, e aumente gradualmente a intensidade;
  2. Intervale os treinos com dias de descanso;
  3. Junte-se a um grupo de treino, de forma a estabelecer um compromisso;
  4. Invista em bom equipamento (sentir-se bonita é uma motivação extra para não desistir);
  5. Inscreva-se num ginásio e aconselhe-se com um personal trainer sobre o melhor plano de treino para si.
 Fonte: www.webmd.com


Este artigo faz parte de uma sequência de artigos que fizeram parte da edição de Janeiro da revista Prevenir, na qual participei, para indicar o caminho para realizar os seus desejos neste ano de 2014.
Publico-o agora para que possamos fazer uma reflexão sobre este ano que chega ao fim e sobre os objectivos que traçamos para nós mesmos.

Será que os conseguimos concretizar?


Leia os outros artigos "Em 2014, eu consegui...":


Em 2014 consegui... Gostar Mais de Mim

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Na quarta parte do artigo que comecei aqui, falamos do assunto que, em última instância, vai impulsionar todas as outras decisões para um ano novo verdadeiramente concretizado: gostar de nós próprios e cuidar de nós.

Parte IV

GOSTAR MAIS DE MIM

O seu bem-estar emocional depende da forma como lida com as adversidades, da sua realização pessoa e dos investimentos que faz na sua vida. Está na altura de pensar mais em si.

VOU EVITAR PENSAMENTOS NEGATIVOS
Ansiedade, angústia e, no limite, depressão são alguns dos sintomas corrosivos do pessimismo. Destroem o bem-estar emocional e a saúde e, quando são recorrentes, acabam por fechá-la numa prisão mental auto-destrutiva, retirando-lhes a capacidade de acreditar que é capaz de ultrapasssar as adversidades.

PASSE À PRÁTICA:
Os pensamentos negativos são processos mentais que ocorrem dentro de si, não correspondem à realidade. Sempre que se sentir assombrada faça uma lista com as suas vitórias. Isso vai ajudar a sua energia e a sua vida.

VOU APRENDER QUALQUER COISA DE NOVO
Esta resolução vai fazê-la sentir-se realizada e dar-lhe confiança para fazer mudanças na sua vida. Para além de lhe devolver a fé na sua capacidade de concretizar, vai permitir-lhe conhecer novas pessoas e novas vertentes daquilo em que se pode ter sucesso, aumentando a sua auto-estima e poder pessoal.

PASSE À PRÁTICA:
Comece por fazer uma lista com os benefícios que a sua vida irá registar, a qual deve rever sempre que se sentir desmotivada. Depois, verifique qual o processo de concretização mais indicado para si e avance, sem que isso exija endividamento pessoal.

VOU REALIZAR UM SONHO ANTIGO
Esta decisão vai provocar em si uma sensação semelhante à de estar apaixonada. A confiança em si e na vida aumentam, a auto-estima sai reforçada e a saúde física e emocional melhoram.

PASSE À PRÁTICA:

Acredite em si. Defina o que quer e certifique-se de que corresponde a algo que quer para si e não para agradar a alguém. Estabeleça timings e objectivos concretos.

VOU COMBATER A FOME EMOCIONAL
Evitar compensar frustrações com comida implica resolver as situações que estão na origem da compulsão alimentar - explica Célia Francisco, psicóloga. Se, por um lado, libertar-se do vicio irá conduzir a um aumento de auto-estima, por outro, o facto de estar focada num objectivo tratá melhorias ao seu estado de humor e a sintomas depressivos, como a vergonha e a culpa - diz.

PASSE À PRÁTICA:
Sempre que comer, anote o seu estado de espírito, a situação em que o fez e as consequências. Escreva o comportamento oposto e coloque-o em prática.

VOU CUIDAR MAIS DE MIM
Cuidar de si é assumir a responsabilidade de ser feliz. Não se trata de egoísmo, antes uma atitude reveladora de uma boa autoestima - refere Helena Marques, psicóloga e fashion advisor.

PASSE À PRÁTICA:
  1. Rodeie-se de pessoas optimistas;
  2. Frequente lugares agradáveis que lhe promovam a adopção de comportamentos saudáveis e momentos de relaxamento (spa, jardim, ginásio);
  3. Mime-se com uma limpeza de pele, um branqueamento dentário ou uma sessão de depilação;
  4. Mantenha uma boa higiene do sono;
  5. Invista em pequenos detalhes de guarda-roupa, com a ajuda de uma consultora de moda.


Este artigo faz parte de uma sequência de artigos que fizeram parte da edição de Janeiro da revista Prevenir, na qual participei, para indicar o caminho para realizar os seus desejos neste ano de 2014.

Será que os conseguimos concretizar?

Leia os outros artigos "Em 2014, eu consegui...":


Em 2014 consegui... Ser Mais Saudável

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Na terceira parte do artigo que comecei aqui, falamos de saúde. Porque este deverá ser sempre um dos itens a incluir, a cada novo ano, na lista de objectivos para um ano melhor.


Parte III

SER MAIS SAUDÁVEL


Cuidar da saúde é uma prioridade. Aproveite o novo ano para rever os exames que deve fazer e, pôr, finalmente, em prática o plano de deixar de fumar (por exemplo) e aprender a canalizar energias para o que realmente importa. Sem Stress.

VOU STRESSAR MENOS
O stress dá-lhe uma falsa sensação de energia que desgasta o cérebro, as emoções e o próprio corpo, pelo que é normal que não se aperceba que está a ser vítima da «cultura do objectivos», ou seja, a viver sobrecarregada de tarefas. E isso pode fazer com que adoeça.

PASSE À PRÁTICA:
Faça uma lista das suas tarefas diárias. Verifique se os objectivos traçados continuam a fazer sentido ou se não serão demasiado pesados para continuar a suportá-los. Avalie-se menos e seja menos perfeccionista.

VOU DEIXAR DE FUMAR
Ao fazê-lo, estará a reduzir o risco de vir a sofrer de doença cardiovascular, cancro do pulmão, do esófago e da boca, doença respiratória grave e incapacitante e a diminuir o risco de morte prematura, de acordo com a Direcção-Geral de Saúde.

PASSE À PRÁTICA:
Esforço e auto-disciplina são as palavras de ordem. Para tornar o processo mais fácil, a Direcção-Geral de Saúde aconselha: escreva uma lista com as razões que a motivam e releia-a sempre que pensar em desistir. Fixe um dia para o fazer de forma a estabelecer um compromisso consigo própria. Envolva amigos e família na sua decisão. Evite a proximidade com fumadores. Pratique exercício físico e adopte uma alimentação saudável. Se não conseguir à primeira, marque nova data e recomece.

VOU FAZER OS EXAMES ESSENCIAIS
Marque na Agenda as consultas e exames que deverá realizar em 2014.

PASSE À PRÁTICA:
Check-up:
Inclui uma avaliação geral com exame clínico, medição da pressão arterial e eventual requisição de exames laboratoriais (análises): urina, colesterol, glicemia e hemograma.

Consulta ginecológica:
Se é Mulher, a consulta ginecológica permite detectar problemas na vagina, colo do útero e mama.

Consulta de Dermatologia:
Se tem pele clara e sinais cutâneos, é conveniente analisá-los se notar alterações na simetria, rebordo, diâmetro e/ou cor.

Consulta Dentária:
Uma vez por ano deve fazer uma limpeza dentária e avaliar o estado da sua boca.

Revisão Científica: Dr. Pedro Ribeiro da Silva, médico de Medicina Geral e Familiar, na Divisão de Estilos de Vida Saudável da Direcção-Geral de Saúde.


Este artigo faz parte de uma sequência de artigos que fizeram parte da edição de Janeiro da revista Prevenir, na qual participei, para indicar o caminho para realizar os seus desejos neste ano de 2014.

Será que os conseguimos concretizar?

Leia os outros artigos "Em 2014, eu consegui...":


Em 2014 consegui... Ser Feliz no Trabalho

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É através da Mudança que crescemos e nos reinventamos, na esperança de sermos cada vez melhores. Melhores amigos, pais, filhos, irmãos, colegas, companheiros.
Acontece que a mudança, por muito desejada ou programada que seja, depende de um factor difícil de conquistar: a coragem. É ela que nos empurra para fora da nossa zona de conforto e obriga a enfrentar o desconhecido e que nos permite acreditar que mesmo perdendo alguma coisa agora, o que teremos no fundo de nós pessoas mais felizes.

Pô-la em prática implica aceitar que precisamos de mudar, de agir com consequência e rejeitar a culpa que tantas vezes nos impede de avançar.



Parte II

SER MAIS FELIZ NO TRABALHO


Elaborar um Plano de Acção, com objectivos bem definidos, é o primeiro passo para mudar (para melhor) a sua situação profissional e financeira. Acreditar que se vai concretizar também faz parte do processo. Avance!

VOU SER MAIS ORGANIZADA E PONTUAL
O cérebro precisa de harmonia e organização para nos transmitir segurança. A pontualidade, explica Teresa Marta, coach para a coragem, faz parte dessa organização mental de que o nosso cérebro necessita para "sentir" que tudo está no ritmo certo e que somos donos da nossa própria existência.

PASSE À PRÁTICA:
Verifique se está a atribuir aos outros a razão da sua desorganização e elimine essa desculpa. Elabore um plano semanal ao domingo e comece por definir tarefas simples de concretizar, para evitar deixar alguns pontos por cumprir. Diariamente, antes de se deitar, faça a agenda de véspera. Isto permite ao nosso subconsciente memorizá-las e, assim, entrar no ritmo.

VOU GANHAR MAIS DINHEIRO
Acreditar, logo à partida, que tudo se vai resolver pelo melhor, independentemente da dimensão do desafio, ajuda a aumentar a confiança em si própria e nas suas capacidades, e está a programar a sua mente para que tal aconteça - reforça Sandra Pereira, lifecoach.

PASSE À PRÁTICA:
Comece por escrever exactamente o montante que deseja amealhar e estabeleça um prazo para consegui-lo. Detalhe as várias etapas a percorrer (por exemplo, arranjar uma actividade extra que gere retorno financeiro e negociar horários com as suas chefias) e visualize-se com o objectivo já cumprido, antecipando o que irá ganhar quando alcançar o seu desejo. Esta será a sua motivação ao longa da jornada.

VOU NEGOCIAR A MINHA SITUAÇÃO PROFISSIONAL
Pedir um aumento ou reclamar as folgas que acumulou no último ano podem parecer batalhas difíceis de ganhar, mas já falou com o seu chefe? Definir concretamente o que quer para a sua vida e verbalizá-lo é o primeiro passo para alcançar as suas metas - afirma a lifecoach Sandra Pereira.

PASSE À PRÁTICA:
Defina objectivos reais e alcançáveis, tendo em conta a sua situação actual e marque, finalmente, uma reunião com o seu chefe. Num discurso bem articulado, enumere as suas qualidades profissionais (horas que trabalha, empenho e dedicação) e indique as mais-valias de que a empresa irá beneficiar se atender ao seu pedido, traçando compromissos para o futuro.
DICA:


Tome Nota: Criar metas diárias, no início de cada semana, vai ajudar a realizar as suas tarefas do dia-a-dia sem esforço.



Este artigo faz parte de uma sequência de artigos que fizeram parte da edição de Janeiro da revista Prevenir, na qual participei, para indicar o caminho para realizar os seus desejos neste ano de 2014.
Publico-o agora para que possamos fazer uma reflexão sobre este ano que chega ao fim e sobre os objectivos que traçamos para nós mesmos. Será que os conseguimos concretizar?


Leia os outros artigos "Em 2014, eu consegui...":

Em 2014 consegui... Valorizar-me Mais

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Em Janeiro deste ano, colaborei na redacção de um artigo para a revista Prevenir sobre os objectivos para 2014. Objectivos esses que se conquistam através de um caminho. No fundo, passos para realizar os desejos para o ano que estava a começar.

Agora que o ano está a chegar ao fim, decidi replicar aqui, esses mesmos passos. Fique atento aos próximos dias, onde vou partilhar os cinco passos referidos na revista, aqui no Teresa Sem Medo.

Parte I

VALORIZAR-ME MAIS

Muitas vezes, para agradar os outros, acabamos por frustrar os nossos desejos. Estas são algumas estratégias para se valorizar sem comprometer as suas relações sociais, indicadas pelo Psicólogo e Psicoterapeuta Vitor Rodrigues, que subscrevo:

VOU DIZER MAIS VEZES «NÃO»
Se nunca dizemos «não», o nosso sim não vale nada. Saber dizer que não faz parte de sermos honestos connosco e com os outros e de nos sabermos respeitar a nós, aos nossos direitos e necessidades. De outro modo, frustramos a nossa verdadeira natureza e isso gera mal-estar e agressividade latente.

PASSE À PRÁTICA:
Ensaie ao espelho e depois com um amigo. Isso ajuda a sentir que é possível, para si, dizer «não». Além disso, questione-se: Estou a respeitar mais o outro e a mim ao dizer que "sim" a tudo? O que me leva a ter medo de dizer que não? Experimente gritar Não! muitas vezes, em tons diferentes, e vá percebendo como se sente. Os primeiros «não»  devem custar mais mas valem a pena.

NÃO VOU PERMITIR QUE ME MALTRATEM
Consentir ser mal tratada e/ou humilhada resulta na perda de auto-estima, produz ressentimentos latentes, conduz à perda de respeito próprio. É como se interiorizássemos a falta de respeito que os outros demonstram por nós. Fazer o oposto ajuda-nos a encontrar a nossa própria força.

PASSE À PRÁTICA:
 Comece por expressar o que sente perante as palavras e os actos da pessoa que maltrata e/ou humilha e proponha-lhe que encontre melhores modos. Muitas vezes, isso exige saber usar a sua força interior. Nem que, para isso, seja necessário frequentar aulas de artes marciais.

VOU DEIXAR DE FAZER FRETES
Fazer um "frente" implica um sentimento de frustração. Gera revolta e mal-estar. É como se uma parte de si estivesse a fazer força para realizar algo e a parte restante se opusesse, fazendo com que fique tensa e desgostada, opondo resistência "passiva".

PASSE À PRÁTICA:
 Seja clara acerca do que está disposta a fazer e encontre o lado positivo nas coisas que faz. Por exemplo, em vez da atitude de revolta face a algo que não lhe dá especial prazer, encontre as razões para o fazer e a satisfação de agir de acordo com a sua ética. Por exemplo, pode não gostar de lavar o chão, mas isso pode ser bom para si e para os outros e pode, nesse caso, ter o prazer de lavá-lo para bem de todos.

 VOU PEDIR DESCULPA
Para muitas pessoas, não pedir desculpa impede-as de se perdoarem. É como se sentissem que algo fica por fazer e que o mal que fizeram permanece dentro delas, assombrando-as e dificultando o seu bem-estar interior.

PASSE À PRÁTICA:
É simples: Peça desculpa encarando isso como um ato natural e civilizado. Encontre um momento adequado e explique à outra pessoa que faz questão de lhe dizer alguma coisa. Estará a repor a harmonia dentro e fora de si.


* Este artigo foi publicado na edição de Janeiro da revista Prevenir e foi escrito com a minha colaboração, juntamente com a Dra. Célia Francisco (psicóloga), Dra. Alcina Rosa (psicóloga), Dra. Helena Marques (psicóloga e fashion advisor), Sandra Pereira (trainer e lifecoach), Dra. Vítor Rodrigues (psicólogo e psicoterapeuta), e Dra. Pedro Ribeiro da Silva (médico de Medicina Geral e Familiar).



Leia os outros artigos "Em 2014, eu consegui...":

Palavras não ditas

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Temos tendência a ser muito preocupados com aquilo que dizemos. De que forma, aquilo que dizemos afecta o outro? Que impacte tem, na imagem que o outro faz de nós? Como é que aquilo que dizemos está (ou não) à altura da forma como desejamos que o outro nos veja?

Sempre que temos uma ocasião importante, como uma entrevista de emprego, um declaração de amor para fazer ou um “puxão de orelhas” para dar, costumamos imaginar as palavras que vamos usar e “por onde vamos começar”. Sim. Tudo o que dizemos é muito importante. E pode alterar a imagem que os outros têm de nós, o valor que nos atribuem e as oportunidades que nos oferecem.


No entanto, tão ou mais importante que as palavras ditas, são as palavras que não dizemos. Sempre que nos inibimos de dizer o que sentimos, no momento em que sentimos, com a força que sentimos, adiamos a nossa vida. Condicionamos o fluxo dos acontecimentos. Colocamos mais stress em nós. Apertamos a nossa garganta e engolimos a nossa própria vontade.



Sempre que deixamos de dizer o que sentimos, estamos a matar-nos por dentro. Ficamos irritados connosco próprios. Desacreditamos de nós. Engolimos o que não queremos. Entregamos a nossa felicidade ao “bandido”! As palavras que não dizemos são a vida que não temos.

Se é para dizer, diga!

Teresa Marta

Aprender a ser feliz

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Nas minhas sessões de Coaching individuais, todos os dias me confronto com esta questão: “Teresa, como é que se faz? Afinal, quando vou conseguir ser feliz?”. 

A base é: será que a Felicidade se aprende? Sim. Podemos aprender a ser felizes. Mas, para o conseguirmos fazer, temos de deixar para trás as camadas que fomos colocando em cima de nós, as protecções, as grelhas de análise e as crenças limitativas, que, ao invés de nos darem vida, apenas nos separam dela!

Na exigência diária que impomos a nós mesmos (ser perfeito, conseguir ultrapassar obstáculos, ser o colo de toa a gente, manter sempre um sorriso, nunca desistir, não ter tempo para nós, nem para aquilo que gostamos, que nos dá prazer), desvalorizamos as pequenas conquistas, desvalorizamos o que já fizemos, onde já chegámos, esquecemos que somos pessoas. Que somos humanos! Caramba! Somos humanos!

Como humanos que somos, temos direito à felicidade! Porque achar, então, que estamos privados dela? Que a felicidade é algo distante, raramente alcançável? Uma das razões é porque nos esquecemos de sentir. Fugimos de sentir e de ouvir o que o nosso coração tem para dizer. Sim! Tenho de o dizer! Nas primeiras sessões de um processo de coaching, tenho à minha frente apenas Ego. Ego. Ego. Ego! O Ego tem medo. O Coração não tem. O Ego vive para ter. O Coração vive para ser. Mas lá está. Contaram-nos uma história, desde a nossa infância. Uma história muito bem contada. Uma história que nos diz que temos de ter alguma coisa. Temos de ter! Inteligência. Sucesso. Casa. Família estruturada. Beleza. Dinheiro. Focamos a nossa vida em alcançar tudo isso. 
Acreditamos que, se tivermos estamos seguros.


Esqueça! Porque quando a nossa segurança depende daquilo que temos, basta perdermos alguma coisa, por pequena que seja, e passamos a sentir-nos desprotegidos, como medo de não conseguir, com medo de perder ainda mais. Ficamos centrados na dificuldade do momento presente e deixamos para trás a nossa capacidade de acreditar na vida, de acreditar na nossa força infinita para fazer a mudança.

Para sermos efectivamente felizes, é preciso, muitas vezes passarmos pela contingência de não ter nada: passarmos pela “desmaterialização”, praticarmos o desapego. Desde logo, desapegarmo-nos das expectativas que colocaram sobre nós, dos objectivos que perspectivaram para nós. Ao mesmo tempo desapegarmo-nos da ideia de que não somos merecedores. De que nunca somos suficientes. De que o nosso merecimento está dependente do valor que os outros nos atribuem. Nós merecemos! Nós podemos! Nós conseguimos!

Como fazer? Basta ter coragem para deixar ir. Deixar partir. Rendermo-nos. Deixar ir velhos preconceitos, deixar ir as guerrinhas do dia-a-dia, a raiva, a ira, a angústia, o nó no estômago, o medo de falhar, o perfeccionismo, a preocupação do “e se?” e do “como vou conseguir lá chegar?”. Praticar a Coragem de nos assumirmos pelo que somos e não pelo que temos. Deixar ir o passado (o que tivemos e já não temos, o que amámos e que será irrepetível). E deixar fluir, sem medo, o agora. Para isso temos de deixar de lado a culpa e os pensamentos de carência. Deixar de lado o medo do que pode vir a acontecer. Se acontecer (se), cá estaremos para resolver.

A Felicidade torna-se mais próxima de nós quando interiorizarmos, que a única coisa que podemos efectivamente controlar é aquilo que escolhemos sentir face ao que nos acontece. Esta é a base da sabedoria que o nosso coração nos dá!

Siga o que sente! Seja feliz.

Teresa Marta

Emoções Negativas e Infertilidade

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A comunidade científica ainda não chegou a conclusões sobre a causalidade directa entre emoções negativas e infertilidade. Ou seja, será que emoções como o medo, a culpa, a insatisfação, a irritabilidade, a frustração, a vergonha, a raiva e a tristeza, influenciam o sucesso da mulher ao tentar engravidar?


De facto, embora ainda não tenhamos a possibilidade de confirmar a causalidade directa entre emoções negativas e infertilidade, sabemos, por outro lado, que estas emoções prejudicam o nosso bem-estar emocional, a nossa auto-estima, aquilo que acreditamos sobre nós mesmas, aquilo que julgamos conseguir, o que achamos que merecemos, a nossa capacidade de resistência, a nossa imunidade e, até, a nossa saúde.


Todas as emoções são naturais no ser humano. Todas elas têm uma função. No entanto, quando as emoções negativas persistem e se tornam um standard, passam a ser tóxicas! Intoxicam o nosso cérebro e enchem o nosso organismo de pressão, angústia, stress, ansiedade e até depressão! Sabemos também que as emoções tóxicas, sentidas em permanência, geram sentimentos negativos. Por essa razão, a Psicologia assume que as emoções negativas acabam por nos fazer adoecer! António Damásio, Neurocientista, fala inclusive numa “fisiologia das emoções”, isto é, as emoções passam a sentimentos (“sentir no corpo”) a ponto de, experimentadas repetidamente, nos adoecerem.


Esta “biologia das emoções negativas”, sentidas no corpo, podem pois condicionar de forma negativa a fertilidade. São factores psicológicos, na maioria das vezes inconscientes, mas muito limitadores. Estes factores podem explicar, por exemplo, inúmeras situações de casais que sofrem de infertilidade, sem razão física aparente ou declarada. Está tudo bem com a biologia, no entanto, a gravidez não acontece.


Ou seja, na base da infertilidade podem não estar factores biológicos ou orgânicos, mas factores emocionais que o nosso organismo somatiza. A ciência alerta-nos, por exemplo, para factores como o stress e a ansiedade, apontando-lhes a causa da disfunção das funções cerebrais do hipotálamo, o que acaba por alterar a ovulação. Neste mesmo sentido, sabe-se também que o stress altera as funções imunológicas das nossas células reflectindo-se na função reprodutiva da mulher.

Como tal, se está a tentar engravidar sem sucesso, antes de aceitar um diagnóstico de infertilidade ou achar que algo de errado se passa consigo, foque-se nas suas emoções, nos seus sentimentos e nos alertas que o seu corpo lhe está a dar.

A cura consciente das emoções é uma base muito, muito, importante no seu caminho para conseguir engravidar. Quando uma mulher aprende a modular o seu stress com eficácia, a sua fertilidade pode alterar-se! Para melhor.

Não deixe que as emoções negativas a derrotem, na vida que tanto deseja criar!


Teresa Marta

Medo de não ser feliz no casamento

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O medo de ser infeliz no casamento, e nos relacionamentos amorosos em geral, é muito comum mas raramente o enfrentamos com assertividade. Sentimos uma espécie de obrigação para seguirmos modelos sociais e familiares que nos disseram serem "os certos". Esses modelos, podem até evitar que entremos em conflito com os outros, mas, a longo prazo, não nos dão a felicidade que desejamos.

O medo de ter um casamento infeliz é mais frequente em mulheres do que nos homens e costuma ser comum em pessoas que cresceram em famílias cujos pais não tiveram casamentos felizes. No entanto, o oposto é também verdade: pode ocorrer em pessoas cujos pais foram felizes nos seus casamentos fazendo sentir aos filhos uma responsabilidade acrescida para alcançarem o mesmo.

O medo de ter relacionamentos amorosos infelizes é também comum em mulheres pouco seguras de si e com dificuldade em expressar o que sentem. Por outro lado, trata-se de um medo comum em pessoas que têm dificuldade em dizer "não" e em ser assertivas no que se refere a dizer o que esperam do outro. É como se esperassem que o companheiro conseguisse adivinhar o que sentem. Finalmente, mulheres muito perfeccionistas, muito exigentes consigo próprias e com os outros, são também potencialmente mais "atacadas" por este medo.

Erros a Evitar: Se sentir este medo deve deixar de tentar provar ao mundo que o seu casamento é forte e não passa por crises! Se a incomodam muito o julgamento dos outros, pense se não estará a sabotar o seu valor próprio, quando assume como verdadeiras as percepções que fazem de si.

Como neutralizar este medo no imediato?
Para neutralizar este medo, comece por mudar o seu diálogo interior, adoptando pensamentos como: “Eu não tenho de provar nada a ninguém e não deixo que o julgamento dos outros interfira no meu casamento/relação!”. “Deixo ir o passado e as situações que me magoaram!”. “Eu acredito na boa-fé e na integridade do meu marido/companheiro. Consigo expressar-lhe do que tenho medo e o que me deixa insegura. Confio que isso leva ao nosso crescimento conjunto!”

Estratégias a longo prazo:
Manter uma preocupação genuína relativa ao bem-estar do companheiro e ao que este necessita para ser feliz. Esteja consciente de que as pessoas vão mudando ao longo da vida e que isso poderá exigir algumas adaptações da sua parte. Ganhe o hábito de se olhar e perceber em que é que se sente mudada. Peça feedback ao seu parceiro e tentem perceber as compatibilidades e os pontos fracos das mudanças mútuas para que nada aconteça “de repente” ou “por acaso”.

Exercício prático:
Aceite-se como é e aceite o outro como ele também é. Evite o stress emocional de desejar modificar o outro! Se sente essa necessidade em permanência, reveja as razões que a levaram a casar com essa pessoa! Ou a ter um relacionamento amoroso com ela. Verifique se essas razões permanecem válidas e reavalie a situação em conjunto. Verifique se o seu casamento está ligado pelo amor, pela necessidade ou pelo medo da solidão. Se existir amor no seu casamento, tudo o resto será ultrapassado.

Mas o exercício, esse, é seu!

Teresa Marta

A lição da Pequenina Margarida

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Depois de 20 dias a lutar pela vida, num hospital do Dubai, a mais de 8 mil km de casa, a Pequenina Margarida resolveu ir descansar. Retirou-se da vida para grande tristeza de todos nós, que seguimos a sua história à distância, dia após dia. 

A Pequenina Margarida veio recordar-nos que a vida nos é dada e que, por vezes, nós precisamos descansar dela. Porque ainda não estamos prontos. Ainda não é o nosso momento. E (permitam-me que o diga), a nossa Alma sabe! Sabe que o momento não é ainda este. Talvez a Pequenina Margarida, desde início, o soubesse! 

Talvez a Margarida soubesse o que significa o peso enorme que é estar num sítio em tempo precoce. E num espaço agreste, onde o carinho da pele, o cheiro da loba mãe, da matilha, do abraço e do colo do ventre fazem tanta falta. Talvez a Pequenina Margarida se tenha recusado a esperar. Era longo esse tempo. Essa espera. Um tempo longo. E Ela ainda não sabia, o valor do tempo. Não podia saber! 

A Pequenina Margarida deixou um vazio em todos os que acreditámos nessa esperança imensa que era a de ver mais um dia vencido. Mas ensinou-nos também a grande lição de que a vida precisa destes guerreiros que nos mostram o valor da persistência. Seja onde for que essa persistência nos leve. Porque, para a persistência, não interessa a quantidade. Interessa a entrega com que fazemos o caminho. 

Obrigada Pequenina, Grande Margarida! 

Teresa Marta

5 Dicas para fazer Escolhas mais coerentes e alcançar o Equilíbrio

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Se realmente quer começar a cuidar melhor de si, comece por aceitar fazer um trabalho coerente com aquilo que deseja para a sua vida, com aquilo que sente ser a sua identidade e a sua vontade.

Este trabalho significa, desde logo, aceitar que aquilo que pretende desenvolver depende, em primeiro lugar, de si! Significa aceitar que está disposta a não colocar o seu bem-estar na dependência de alguma coisa ou de alguém.

1. CORAGEM PARA SE ESCOLHER EM PRIMEIRO LUGAR
A sua primeira atitude deve ser ter coragem de se escolher em primeiro lugar. Escolher escolher-se irá aumentar a sua consciência de merecimento.

2. DESENVOLVER A CONSCIÊNCIA DE MERECIMENTO
Desenvolva a sua consciência de merecimento identificando quais as suas acções e pensamentos que neste momento representam esforços inúteis. Abandone-os de imediato.

3. ELIMINE SITUAÇÕES QUE LHE SUGAM ENERGIA
Sinta o alívio de não continuar amarrada a situações que lhe retiram energia, que a desgastam e que a fazem questionar sobre a sua capacidade de fazer as melhores escolhas para si.

4. MEXA-SE! QUANDO SE MOVE, AS COISAS COMEÇAM A MUDAR
Dê a si própria a oportunidade de mudar a sua vida para aquilo que quiser. Você merece. Ponha-se a caminho! Para tal, aprenda a respeitar os seus próprios limites fazendo com que aqueles que a rodeiam os reconheçam.

5. DIGA "NÃO" SEM CULPAS
Diga “não” as vezes que forem necessárias. Não se sinta culpada por isso. Não sinta em permanência que se não fizer uma coisa vai quebrar as expectativas que têm sobre si. Estas são crenças enraizadas desde a nossa primeira infância. Mas nós não estamos condenados a permanecer no sistema de crenças dos nossos pais nem nas limitações que nos incutiram. Você é a pessoa que tem de prestar contas a si mesma. É você que conta, em primeiro lugar.

Escolhas Equilibradas

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Se o seu padrão é ficar à espera que a escolham, possivelmente acabará por concluir que está a deixar de liderar a sua vida.

Prefere fazer as suas opções ou sente-se mais confortável quando optam por si? Gosta mais de escolher ou que a escolham? Estas perguntas, aparentemente simples, podem tornar-se muito angustiantes, nomeadamente quando estamos a enfrentar dilemas difíceis de resolver.

Isso não é bom nem é mau. É apenas, e mais uma vez, uma escolha que fazemos. E as escolhas que fazemos ditam a nossa qualidade de vida.

A questão é que, mesmo quando escolhemos não escolher, já estamos a fazer uma escolha. Mesmo quando nos mantemos num emprego que não gostamos ou numa relação que não nos dá alegria, estamos a escolher ficar aí. Por muito que o nosso cérebro nos diga que não, que estamos em determinado sítio ou com determinada pessoa porque somos obrigados, porque não temos alternativa ou porque é melhor aceitar as condições, que algo melhor virá, mesmo assim, estamos a escolher.

A forma como escolhemos é pois determinante para o nosso equilíbrio. No entanto, raramente as escolhas que fazemos são em função daquilo que efectivamente é melhor para nós. Escolhemos, muitas vezes, em função do que é melhor para que os outros nos aceitem como iguais. Resumindo, raramente nos escolhemos a nós mesmos, antes de escolhermos qualquer coisa, situação ou pessoa.

A forma como exercemos o nosso poder de escolha reflecte pois o modo como nos tratamos e revela muito sobre a nossa auto-estima e a forma como nos vemos. De facto, começamos a ganhar qualidade de vida quando nos tratamos bem, quando cuidamos de nós. Quando nos estimamos.

Colocar-se no centro não é um acto de egoísmo. É, ao contrário, um acto de equilíbrio emocional. Um acto de coragem que melhora a sua vida, o seu bem-estar, a sua auto-estima. E isso faz com que você consiga melhorar a vida dos que o rodeiam. Só quem se compromete genuinamente consigo mesmo consegue estabelecer um compromisso com os outros. No fundo, esta atitude significa perguntar: “o que é que eu inspiro aos outros com a minha presença?”.

Não seremos nós o poder de que andamos à procura?

Teresa Marta


DICAS PARA FAZER ESCOLHAS MAIS COERENTES E ALCANÇAR O EQUILÍBRIO:
Clique nos títulos abaixo para seguir o link e explorar as Dicas listadas:



O Poder do Elogio

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O elogio é fundamental na formação da nossa personalidade pois condiciona a forma como vemos o mundo e como lhe reagimos. Condiciona a forma como conseguimos reagir ao que nos acontece de mau, e, inclusive, como reagimos ao que nos acontece de bom! Por exemplo, um adulto que tenha sido carente de elogio na infância, geralmente, não consegue valorizar os seus sucessos. Passa pelas suas vitórias como algo que era sua obrigação conseguir!

Elogie as crianças
A falta de elogio na infância origina, geralmente, adultos inseguros, com receio de arriscar, com medo de dizerem o que sentem, com receio de serem ridicularizados e menosprezados. Adultos com uma baixa auto-estima e com uma baixa noção de auto-valor e de auto-merecimento. Crescer sem elogios condiciona o nosso comportamento em sociedade e em família, comportamento que resulta dos sentimentos que fomos assumindo sobre nós mesmos como sendo verdadeiros. Na sua base, o elogio, condiciona o nosso auto-conceito: aquilo que acreditamos que somos.
Elogie-se a si própria! 
Auto-elogiar-nos, em adultos, mesmo quando os outros não o fazem, é pois extremamente importante pois reflecte o modo como nos tratamos e revela muito sobre a nossa auto-estima e a forma como nos vemos. Começamos a ganhar qualidade de vida quando aprendemos a elogiar-nos. Nesse sentido, o elogio é também uma forma de cuidamos de nós, de nos estimarmos e de nos darmos importância. No entanto, um adulto terá dificuldade em auto-elogiar-se se não foi habituado, desde cedo, a receber elogios. Bem como, terá também dificuldade em elogiar os outros.
Teresa Marta

Aceitar o que sentimos

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O dia está chuvoso, pelo menos aqui em Palmela,
de onde vos escrevo neste momento.
Por alguma razão, a minha agenda está ainda com muitas tarefas por fazer. Tem sido pouco produtivo, este meu dia.
Muita reflexão. Pouca acção. Partilho este estado convosco porque dei por mim a exigir-me o mesmo nível de tarefas concretizadas, que sempre me exijo em cada dia. Eu e a lei da concretização! Temos de facto esta tendência! Fomos ensinados a estar permanentemente a fazer alguma coisa! Estar sem fazer nada é algo que não nos ensinaram. Pelo menos comigo, tal não aconteceu.

No entanto, é preciso conceder tempo ao tempo sem nada. Porque o tempo sem nada pode ser um tempo de construção. Um tempo para nos ouvirmos. Um tempo para falarmos connosco e percebermos porque continuamos a carregar às costas os padrões de luta e esforço. Às vezes, nestes momentos menos produtivos surgem-nos respostas que nem sempre conseguimos ver, tão atarefados que estamos.

Tive as minhas próprias crises, os meus momentos de desespero, de descrédito, de medo. Tive momentos muito duros, em que a minha janela não se abria. Momentos em que me fechava e tentava disfarçar a minha dor. Ainda sofro. Por vezes. Sim. E esta chuva miudinha trás à memória dias de chuva miudinha da minha infância onde as coisas não corriam lá muito bem. Mas hoje, posso fazer diferente. Hoje não estou obrigada a deixar-me inundar pela chuvinha e pelo escuro do horário de inverno.

A verdade é que se assim não fosse, eu seria tudo menos pessoa. Seria tudo menos humana. E de tudo isto a vida se faz. Sem medo de ser. Sem vergonha de nos assumirmos e de assumirmos o que sentimos. Aceitando que tudo é importante para o caminho que estamos a fazer. Com tudo o que isso possa significar!

Teresa Marta

Manter a Fé no processo da vida

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Quando passei pelo meu difícil processo de saúde (sim, digo saúde, não doença), tive situações incríveis, como amigos que passavam por mim e simplesmente não me diziam nada. Não era por nada! Era apenas porque eu estava irreconhecível. Pesava 42Kg, com 1,65m, e passei do 36 para o 32! Passei a vestir-me na secção juvenil...

Mas, se o peso me abandonou, à semelhança dos glóbulos brancos, das plaquetas e outros que tais, houve algo que passei a ter elevado ao expoente infinito: a Fé inabalável no processo da vida. Nunca, por momento algum acreditei que "ia embora daqui".

Com a passagem dos anos, refiz-me como ser biológico, mas também como ser espiritual. Acredito profundamente que recebemos (do Universo?), aquilo em que acreditamos! Como tal, vamos lá a acreditar que conseguimos, seja lá o que for que precisemos conseguir!

Bom fim-de-semana! Obrigada por me lerem!

Teresa Marta

Curar o diálogo interior negativo

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Da qualidade do nosso diálogo interior depende a qualidade da nossa vida. Não é o que está fora das redes. É o que está no nosso interior que marca a grande diferença! A PNL (Programação Neurolinguística) e a Psicologia Positiva, entre outras correntes, defendem esta lei causal entre o que dizemos e pensamos e aquilo que criamos. É pois muito importante conseguir mudar aquilo que diz, a forma como o diz e até o que pensa! Alterar o que diz envolve mudar, não apenas aquilo que diz aos outros, mas também o que diz a si mesma! O seu diálogo interior! Esta mudança é essencial para fortalecer a sua capacidade para reagir de forma positiva às adversidades.

E, podemos tornar o nosso diálogo interior mais positivo? Sim! Sempre! Cabe-nos a nós a decisão de optar, em cada momento, pela escolha das palavras certas. E as palavras certas são aquelas que nos elevam a auto-estima, que melhoram a nossa auto-imagem e que nos impulsionam a agir! Eis alguns exemplos:

“Nada funciona na minha vida!” – pode transformar-se em:

“Algumas coisas na minha vida estão a funcionar bem! Tudo está a correr cada vez melhor. Eu assumo a responsabilidade! Eu posso mudar! Eu posso fazer algo diferente para mudar esta situação!".

“A minha doença tende a piorar!” – pode transformar-se em:

“Cuido de mim todos os dias para ser mais saudável. Evito pessoas e pensamentos tóxicos! Escolho ter pensamentos positivos! É possível recuperar a minha saúde! Não desisto!”

“Ninguém me consegue fazer feliz!” – pode transformar-se em:

“Não há ninguém que me consiga fazer infeliz! Eu escolho quem me faz bem. Eu sou dona das minhas escolhas e opto de acordo com aquilo que me faz sentir bem!”

“É muito difícil arranjar emprego!” – pode transformar-se em:

“O emprego ideal para mim surge facilmente. Trabalho diariamente nesse sentido! Sou competente e o mercado precisa dos meus talentos! Esta situação não me vai levar a melhor!”

“Não quero sentir esta culpa!” – pode transformar-se em:

“Fiz o que achava correcto com os conhecimentos e as condições que tinha na altura. Trato de mim com carinho e isso melhora a minha relação com os outros. Sinto-me cada vez melhor com as minhas atitudes!”.  

Bom treino!


Teresa Marta

Insónias tóxicas

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Ter insónias, em fases de maior stress, ansiedade, medo, mudança pessoal ou profissional, preocupações de saúde ou familiares, é normal nos indivíduos saudáveis. Faz parte daquilo que designamos como gestão equilibrada entre sono e vigília.

No entanto, quando o nosso sistema biológico nos obriga a insónias constantes, entramos num processo de desregulação entre sono e vigília, que pode levar-nos ao desespero. Nas situações mais graves, as insónias levam-nos mesmo a ter medo de ir para a cama com receio de não conseguir adormecer ou de acordarmos a meio da noite e já não conseguirmos “pegar no sono”. Estas são as Insónias Tóxicas.

Causas existenciais das insónias tóxicas
Existem inúmeras causas, directamente relacionadas com o nosso estilo de vida, que provocam insónias e noites mal dormidas. Sobre essas temos já muita literatura. Aqui, no Teresasem medo, a nossa preocupação é existencial. Ou seja, centramos a nossa atenção no ser-no-mundo, naquilo que sentimos, o que vemos em nós, como nos relacionamos connosco mesmos, o que vemos no outro e como entendemos e reagimos à vida.

Nesta perspectiva, as insónias resultam de aspectos menos visíveis, de situações que nós não queremos ver, sentir ou contactar. São exactamente as preocupações que tentamos ignorar que acabam por se reflectir. Sempre que o nosso cérebro recusa dormir é porque estamos a resistir a fazer algo que sabemos que devemos fazer ou dizer, mas que, por alguma razão, não fazemos nem dizemos. Isto é, impedimos o fluxo natural das coisas, do processo da vida.

Soluções para as insónias tóxicas
A melhor solução é não continuar a adiar o que nos faz mal. Não continuar a viver uma vida que não desejamos com pessoas, situações, coisas e angústias que já não nos pertencem. Geralmente, arranjamos desculpas fora de nós para justificar o facto de não agirmos nem falarmos nos momentos certos. Com isso, continuamos a adiar a resolução dos nossos problemas mas também a agudizar a nossa angústia e a nossa ansiedade. Deixe de adiar o contacto com as suas dores emocionais. Por vezes aceitar que as coisas estão a correr mal e que nos sentimos em baixo é o ponto de partida para a sua resolução.   

Se tem insónias recorrentes, escolha fazer o que lhe faz falta. O que a deixa feliz! Ouça-se e vá  em frente! Não há problema que não tenha uma solução. É por isso que é um problema, não um lema! Continuar como está, por certo, não irá alterar nada! 

Teresa Marta